domingo, 21 de novembro de 2010

o que é amor pra você hoje?

Pessoal, vejam só a visão matemática do amor, criada pelo Rômulo (EDI).

"O amor, o que quer que seja, está associado a uma linha/direção, em sentido antagônico com a fé, e ortogonalmente com outras dimensões, também em oposição entre si, que são o lazer e o trabalho/estudo.



Todas estas dimensões apresentam um ponto de equilíbrio, ou seja, um valor igualmente distribuído entre elas, que seria um ponto central, equidistante para estas quatro dimensões, que são: o amor e a fé, o lazer e o trabalho/estudo.

Um ponto equidistante a elementos opostos porém alinhados e também equidistantes a outros dois elementos alinhados e opostos porém em sentido ortogonal aos primeiros, nos leva ao entendimento de um raio de uma circunferência, cujo comprimento expressa o equilíbrio das quatro dimensões presentes no nosso viver.

Porém acontece que na vida, este centro, este ponto de encontro e equilíbrio é móvel dentro da circunferência e muda de indivíduo para indivíduo, demonstrando o quanto ele está mergulhando em uma ou outra dimensão e relegando ou desprezando as demais.




Considerando o exposto, o amor, hoje, sem radicais diferenças do de ontem e provavelmente sem expressivas diferenças do de amanhã, é o resultado da convergência desses quatro elementos, para o escolhemos um ponto de equilíbrio que nos traga a plenitude do viver com saúde bio-psíquica-física e social.

Este conjunto, amor, fé, lazer e trabalho/estudo torna-se o principal amor, o próprio. O que será de qualquer amor se não tivermos primeiro o amor-próprio?"


Doidêra, né?
Apesar da frieza matemática do texto, faz todo o sentido pra mim.
E pra você?

sábado, 13 de novembro de 2010

Dom Quixote em Paulo Coelho em cartum





Em "90 Livros Clássicos para Apressadinhos" (Galera Record), o cartunista sueco Henrik Lange adapta para a linguagem de quadrinhos, em parceria com o escritor Thomas Wengelewski, obras célebres da literatura, como "O Velho e o Mar", de Hemingway, "Os Três Mosqueteiros", de Dumas, e "Cem Anos de Solidão", de Garcia Márquez.






São, como o próprio título diz, 90 livros em 90 cartuns (um por página, traduzidos e adaptados por Ota), que perdem sua graça se o leitor não conhece a história original. Mas, como os autores mesmo propõem, quem não conhece narrativas como as de "Moby Dick", "Vinte Mil Léguas Submarinas" e "Drácula"?

Notícia retirada do caderno Ilustríssima, da Folha.

você sabe o que é um sketchbook?



quem aí nunca teve um caderninho pra desenhar, rabiscar um poeminha, fazer umas colagens?

então, muitos artistas hoje reúnem suas inpirações em pequenos moleskines ou sketchbooks - um caderno para sketches (“rascunhos”).

a moda começou a pegar mesmo com designers. esses caras curtem registrar o processo criativo, os estudos de cores, formas, fontes, imagens, etc... até chegarem ao resultado final.




a coisa está tão na moda que foi lançado um livro só com páginas de sketchbooks famosos. vale a pena, pelo menos, dar uma folheada nas páginas desse livrinho bacana...



clica aqui pra chegar até a notícia e dar uma espiada nos cadernos loucos de artisas bacanérrimos!

carta a um jovem poeta

Legal! A Folha publicou um trecho desse texto de Reiner Maria Rilke, que já tinha comentado com alguns de vocês.

Acho que todas as dicas, mesmo escritas na virada do XIX pro XX, ainda são muitíssimo atuais, olha só:

"Prezadíssimo Senhor,
Elisa von Randow

[...] Pergunta se os seus versos são bons. Pergunta-o a mim, depois de o ter perguntado a outras pessoas. Manda-os a periódicos, compara-os com outras poesias e inquieta-se quando suas tentativas são recusadas por um ou outro redator. Pois bem - usando da licença que me deu de aconselhá-lo -, peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém.

Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranquila de sua noite: "Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa sua vida de acordo com essa necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão.

Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usuais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes.

Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate suas mágoas e seus desejos, seus pensamentos passageiros, sua fé em qualquer beleza - relate tudo isso com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas do seu ambiente, as imagens dos seus sonhos e os objetos de sua lembrança. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente.

Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre a sua infância, esta esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? [...] Se depois dessa volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará a perguntar a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por seus trabalhos. [...] Talvez venha significar que o Senhor é chamado a ser artista, Nesse caso, aceite o destino e carregue-o com seu peso e sua grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora.

[...] Mas talvez se dê o caso de, após essa descida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o Senhor de renunciar a se tornar poeta. (Basta, como já disse, sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-lo.) Mesmo assim, o exame de sua consciência que lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos próprios. Que sejam bons, ricos e largos é o que lhe desejo, muito mais do que lhe posso exprimir.[...] Com todo o devotamento e toda a simpatia,

RAINER MARIA RILKE"

Pra acessar a Folha e compartilhar esse link clique aqui!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

o que é amor pra você hoje?

falando nisso...

tem um blog bacanérrimo que se chama don't touch my moleskine , e que faz uma ótima série com o nome desse post: "o que é amor pra você hoje?"

a primeira coisa que eu adoro nesse nome é o advérbio "hoje". a gente precisa saber que a nossa idéia de amor muda, e que HOJE ela é muito diferente daquela de quando tínhamos oito anos de idade, e também daquela que teremos aos quarenta, aos sessenta, aos oitenta...

é assim também com a literatura. além dos diferentes "amores" que temos na vida, cada um deles mudará, sem dúvida, ao longo da nossa existência.

escolhi alguns vídeos pra divulgar aqui, mas lá no blog tem mais um monte, vale a pena dar uma passada por lá!

lulina



joão gordo [censurado!!!]



nina becker



bruna surfistinha



marimoon

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Harry Potter - Concurso relâmpago

Pessoal, é só até amanhã, fiquem ligados!!!



Pra concorrer a dois exemplares (um para cada sorteado)do 7º livro escrito por J.K. Rowling basta clicar aqui, acessar o blog Meia Palavra e comentar o post!

ATENÇÃO!!! O Concurso encerra sexta-feira às 23:59.

Simplicidade

Cansei daquele fundo rosinha.
Simplicidade às vezes é bom.
Alguém aí sugere uma outra "cara" pro blog?
Sugestões super bem-vindas pra uma professora momentaneamente sem inspiração!
:0)

Frida Kahlo



Já que está todo mundo lendo uma carta de amor da Frida Kahlo para Diego Rivera, seu marido, aproveitei pra postar aqui uma mini-biografia da pintora, bem como algumas de suas obras.

Uma vinda intensa, sofrida, arrebatadora, assim como suas cartas de amor!

Mini Biografia
Fonte: Revista Ciência e Cultura

Frida Kahlo começou a pintar para aliviar a dor. O ano era 1925 e ela queria se distrair durante a longa recuperação de um grave acidente de ônibus que sofrera aos 18 anos de idade. A mais importante pintora mexicana do século XX viveu entre 1907 e 1954, uma existência breve mas intensa. Sua notoriedade extravasou da pintura também para sua vida pessoal, marcada por um forte ideário político. Símbolo do feminismo e da liberdade, ela militou no partido comunista mexicano e viveu um tumultuado casamento de 25 anos com o também artista Diego Rivera. Foi uma trajetória de grande sofrimento físico: Frida passou por mais de 15 cirurgias, algumas experimentais, abortos, mutilações, traumatismos. Para Lúcia Helena Vianna, pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF), que estudou o diário da pintora, Frida Kahlo inscreve esse corpo fragilizado em seus escritos e desenhos, mas a dor é sublimada com humor. "Ela tece um elo indestrutível entre vida e obra, com a explícita conexão de tinta e sangue", diz.

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Algumas de suas obras:


Raízes - Frida Kahlo


As duas Fridas - Frida Kahlo

10 motivos para ler livros atuais

Oies!

O @DiegoPablinho sugeriu um texto muito bacana, do blog Lendo.org, que tem tudo a ver com nossas discussões sobre cânone e literatura contemporânea.

Mais que depressa entrei em contato com o André Gazola, que organiza esse blog. Em algumas horas veio a resposta positiva para a publicação do texto aqui e, quem sabe, para outras parcerias também.

Coisas desse mundaovirtualdemeudeus, que eu adoro.

Bom, e aí, quem concorda com os 10 motivos para ler livros atuais de André Gazola?

1. Os livros retratam a sociedade em que são escritos. Se você lê um livro escrito hoje, você se sente engajado nos motivos que levaram o autor a escrevê-lo. Você adquire um maior conhecimento do mundo onde vive;
2. Ajudam a melhorar sua qualidade de vida. Eu não falo de auto-ajuda, no sentido pejorativo da palavra. Livros como os e Allan e Barbara Pease (Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? etc.), podem tornar um relacionamento a dois muito mais prazeiroso. Antigamente, não havia esse tipo de preocupação na literatura (não vou entrar na inevitável pergunta: O que é literatura?);
3. Maior conhecimento do que vai ler, ainda antes de começar. Nunca houve tão boa classificação das obras. Se você quer um romance policial, algo sobre espiritismo, budismo, mitologia, história, psicologia, enfim. As próprias capas ajudam na identificação;
4. Preocupação com a forma. Alguns podem achar um ponto falho (com o argumento de que o texto acaba se tornando artificial), mas os livros atuais são revisados e revisados e revisados. Assim, a obra chega ao leitor com a melhor qualidade possível;
5. Valorização como um todo: o livro é uma produção universal. Antigamente, bastava escrever um texto no papel e sair distribuindo. Hoje, os trabalhos de publicação, revisão, editoração, criação da arte e os planos de divulgação fazem parte, diretamente, da produção literária;
6. Você está atualizado. Ora, quem não precisa estar atualizado hoje em dia? É extremamente prazeiroso conversar sobre literatura com alguém, citando Pamuk, Brown, Yalom e outros;
7. Você entende melhor o processo de evolução da literatura, da sociedade, da humanidade. Este item é para quem também lê os clássicos, e eu digo: leia os clássicos. Com a comparação entre as obras, entre os tempos em que foram escritas, fica mais fácil de entender muitos aspectos que levaram ao mundo em que vivemos hoje;
8. Para acadêmicos: busque a intertextualidade. Novamente, comparando os livros clássicos com os atuais, você acaba encontrando aspectos semelhantes, situações em que as obras se relacionam. Em trabalhos acadêmicos, os olhos dos professores brilham ao ver esse tipo de comparação;
9. Os best-sellers são clássicos. Ou será que os clássicos são best-sellers? Entenda que, aquilo que você está lendo hoje, vai continuar por gerações e gerações e poderá um dia se tornar “clássico”, no sentido em que conhecemos. Se você gosta de Shakespeare, Alighieri ou Sófocles que tal ser um dos primeiros a ler um clássico das gerações futuras? Quem não gostaria de ter lido Macbeth, ainda no séc. XVI?;
10. Você aprende a pensar. Esta é quase uma crítica que eu tenho aos clássicos: eles lhe contam uma história, narram alguns conflitos e vão para o desfecho. Alguns livros atuais, como os de Orhan Pamuk, praticamente pedem a sua opinião o tempo todo. Você é convidado a participar da trama, discutir os acontecimentos, dar sua versão dos fatos, PENSAR SOBRE O QUE ACONTECE.


Pra terminar, uma super dica de André Gazola:
"Destaco novamente: leia também os clássicos! Mas não deixe passar a oportunidade de ler as fantásticas obras que estão nas vitrines das livrarias. Vale a pena!"

Vale a pena visitar o Lendo.org, as discussões por lá são sempre muito autais, ricas, interessantíssimas

Valeu pela dica do texto, @DiegoPablinho!
Aproveito pra reforçar que todos podem (E DEVEM) sugerir conteúdo bacana para o blog!!! :-)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Romantismo - textos diversos

Um texto super bacana sobre a presença (ou não) das mulheres na literatura brasileira.
É legal pra ajudar a entender os fatores determinadores do cânone literário brasileiro, fatores esses que selecionaram obras de acordo com o projeto do séc. XIX: buscar elementos para construção da nacionalidade brasileira.

Mais um texto bacana sobre isso é Instinto de Nacionalidade, do Machado de Assis, muito comentado em sala. Para baixá-lo, clique aqui.

P.S.: Todos esses textos também estarão disponíveis na Fenix para xerox, ok?

[]'s

Navio Negreiro - PDF

Gentes,

pra baixar o PDF do poema Navio Negreiro, de Castro Alves, no site Domínio Público, basta clicar aqui.

[]'s

Navio Negreiro

Pessoal, vou postar já já um link para vocês baixarem o poema Navio Negreiro, de Castro Alves.

Enquanto isso, vão dando uma olhada nesses vídeos:





Ótimas formas de pensar o contexto que motivou Castro Alves a escrever esse poema emblemático.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

paulo leminski

falamos dele na sala, quando falamos de hai kais. pra mim, é leitura obrigatória. seus textos são demais!

[esta vida é uma viagem]
esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem

[carreira solo]
estrela cadente eu olho
o céu partiu
para uma carreira solo

[Por um lindésimo de segundo]
tudo em mim
anda a mil
tudo assim
tudo por um fio
tudo feito
tudo estivesse no cio
tudo pisando macio
tudo psiu

tudo em minha volta
anda às tontas
como se as coisas
fossem todas
afinal de contas


[Incenso fosse música]
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além

quer ler mais? dá um google em paulo leminski